terça-feira, 17 de janeiro de 2012

12/01/2012 e 13/01/2012 – 18° e 19° dias – Cachoeira do Sul e Mafra

Trajeto percorrido 18o dia: 7.167 km
Trajeto percorrido 19o dia: 7.952 km

No dia 12 saímos bem cedo de Federal. O Reizinho, ansioso pelo dia nostálgico que o aguardava, sabotou o despertador e nos fez acordar às 5:30h da manhã.

De Federal a Paso de Los Libres encontramos o pior trecho que percorremos em toda a viagem. As poças de água existentes no asfalto escondiam grandiosos buracos prontos para derrubar qualquer motociclista desavisado. Tivemos que rodar com toda cautela possível, superando com cautela os últimos quilômetros argentinos.
Em um desvio da estrada fomos parados por um simpático e honrado policial que nos indagou se estávamos dispostos a fazer uma pequena contribuição “a la policia”. Ante o discurso deste distinto senhor, obviamente despendemos uma pequena quantia para ajudar a “instituição”. Nada que 10 dólares não resolvesse. Brincadeiras à parte, foi o único problema com polícia que tivemos durante toda a viagem (ou seja, praticamente nenhum).

Como sempre, cruzamos a fronteira sem enfrentar problemas.
Enfim novamente estávamos no solo da pátria mãe gentil. Em Uruguaiana, nos aguardava a bela e simpática Norma, tia do Reizinho, que muito bem nos recebeu em sua residência. Tivemos um aprazível bate-papo e ainda nos deliciamos com um espetacular bacalhau preparado pela própria anfitriã. Apesar do carinho com que fomos recebidos, tivemos que nos despedir no começo da tarde, já que ainda tínhamos muitos quilômetros pela frente.

Seguimos viagem pelos pampas sob um perfeito céu nublado até Cachoeira do Sul, onde nos hospedamos no Hotel Hamburgo (bom preço, bom local).

No dia 13 saímos às 9:45h dispostos a rodar o quanto fosse possível. Fizemos uma pequena parada em Santa Cruz do Sul para saborearmos um “café da manhã de gaúcho” com a simpática Fernanda (filha da Norma) e seguimos em frente.

Neste dia fomos acompanhados por uma inseparável companheira: a chuva, maior fenômeno natural de vida. Água que faz florescer os campos, crescer a relva, nascer os frutos, renovar a vida. A beleza (e a força) da natureza em sua plenitude! Neste final de viagem fomos abençoados pelos céus que brindaram nosso sonho realizado.
Encaramos longos quilômetros de formosas paisagens sob uma forte chuva. As estradas sinuosas entre Santa Cruz do Sul e Lages foram superadas a custo de muita concentração, atenção e alguns escorregões (sem quedas). Demoramos bastante para cruzar esse lindo trecho e, apesar da capa de chuva, chegamos ensopados (menos o Neto / Rukka-man!). Aos motociclistas que programam longas distâncias no verão, cuidado: com a chuva que encaramos rodar 800 km foi uma vitória.

Em Mafra ficamos no Hotel Alyss, que fica logo na entrada da cidade, onde aguardamos pelo derradeiro dia, quando, enfim, encontraríamos nossas famílias.

Um último comentário neste post: muitas vezes buscamos o espetacular, o lindo, o maravilhoso em diversos cantos do mundo, mas não conhecemos o que existe ao nosso lado. As estradas do Sul do Brasil estão seguramente entre as mais belas da Terra. Já havia passado por elas, mas toda vez é o mesmo encantamento. Que região MA-RA-VI-LHO-SA!!!
A simpática Norma com sua filha e neta

Louwel, the bird killer!


Magnífico rodízio de pizza, o "Bocaiuva!"


A alegre Fernanda e sua bela família


Neto no posto que foi de seu pai



Um comentário:

  1. Prezados,

    Só hoje, de volta a São Paulo, pudemos ler, com tranquilidade, as postagens deste blog. Se nós que apenas as lemos ficamos arrepiados, queremos imaginar as emoções que vocês sentiram sendo os protagonistas deste magnífico roteiro.

    Tivemos o prazer de conhecê-los em Santiago, no hall do Hotel Ibis. Tudo começou quando minha mulher, Débora, aficcionada por motocicletas - temos uma Harley Davidson - iniciou uma conversa com o Neto, extremamente gentil e disposto a resumir as aventuras da equipe até aquele momento. Estávamos, no dia seguinte, com destino a San Pedro do Atacama, de onde vocês haviam acabado de chegar. É certo que não com a mesma emoção, porque estávamos viajando por avião.

    Efetivamente esta é uma aventura que dorme na cabeça da maioria dos motociclistas de fé, mas muito poucos tem a coragem e disposição de a colocar em prática, porque requer efetivamente muita determinação.

    Foi um enorme prazer conhecê-los e quando programarem outra expedição, tentem me convidar. Quem sabe eu aceite o convite.

    Efetivamente, como diz Fernando Pessoa em seu poema "Mar Português", "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena".

    Vocês estão com o nosso cartão - e nós com o do Neto - e quando vierem a São Paulo não deixem de nos visitar ou, precisando de algo, nos contactar. Quando estivermos em Jau, faremos o mesmo.

    Abraços,

    Vanderlei Oliveira e Débora Maria

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